O F I C I N A

silêncio...

que a luz canta

boreal e as cores

soluçam silentes

a beleza prende

a garganta

estrangulando marmóreas

palavras

arroxeando graníticos

dizeres

o presente cala-se

raspando o cerne

polindo berço

maleável

[quando a criança

é nina em colo

suspirando sono

repuxando sorrisos]

silêncio!

pra que desperte suave

e livre

na poética vindoura

sem massacres de versos

e mutilações de palavras

vestir-se-á de vestes certas

pra ser despida por

olhos apetecidos de

nuas poesias

silêncio!

um poeta

trabalha à luz

da espera.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 03/07/2013
Código do texto: T4370026
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