Gaveta existencial
Nas minhas caixas e cofres
Guardo segredos, degredos,
Desarrumados silêncios,
Desejos, sonhos intensos,
Bonitos versos escabrosos,
Iluminado neon
Dormindo em algum armário
Esconderijos secretos
Entre contornos de sonhos
Pacientes tempestades
Forrando lembranças vãs
De pesos vis e cansaços,
Pedaços esparsos da noite,
Poemas de sopro ardente
Em gaiolas de alçapão.
Palavras que iluminam,
Acendem a luz e desvendam
As coisas acumuladas,
Sem uso, mofo empilhado
Nos desvãos da consciência.
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