NAUFRAGA DE MIM MESMA
Como uma nuvem que se move
Sem saber o por quê...
Apenas seguindo o impulso do vento
Naufraga de mim mesma!
Sinto a solidão do infinito...
Na imagética do meu pensamento
Devaneios se transformam em sentimentos
A mascarada ilusão!
Minh’alma é um pássaro sem asas
Presa aos meus sapatos.
A inspiração é um eco profundo
E a poesia é água cristalina
Essência transparente...
Uma estrada florida do pensamento
E a nostalgia pedindo guarida.
Onda brava arrebentando espuma
A poesia é lírica exaltante!
Entre linhas há tantos segredos... Enigmas!
As palavras sussurram... Gritam...Ás vezes são mudas
As sílabas tem paz... Fogo... Calmaria
E os versos ecoam... Ecoam!
De amor se vive! Ou morrer de amor!
O amor é onda calma que embala o corpo e a alma
O amor pode ser imagético... Platônico!
Amor de Dante! Altar de adoração!
A paixão é uma dama esfuziante...
Que põem a emoção em temporal.
Na poesia tudo é possível!
As estrelas cricrilam... A lua engravida!
Eu busco a terra prometida...
Sou cometa perdido procurando abrigo.
O tempo queima como vela...
A vida às vezes dança no esquecimento...
É amarga de se tragar...
E toda dor... Todo sofrimento... Penar!
Em linhas góticas tem beleza!
O silêncio é ensurdecedor... E o grito é mudo!
A noite pode ser clara e as horas adormecem
Abro os olhos adormecidos do meu transe
A poesia tatuada em trilho.