FAZ DE CONTA

Ouço a voz do vento lá fora,
Voz macia - sussurra na aurora,
Abro a janela contemplo o panorama,
Um sol lindo se derrama,
Nas entranhas da cidade,
Uma estranha alegria me invade,
Vontade de me vestir de encantamento,
Pegar carona com o vento,
E sair da realidade,
Atravessar a luz solar,
Em um voo espetacular,
Vontade de não ser o que sou,
Ser o voo da ave, a ave que voou,
Para além, bem além do meu olhar,
Vontade que alimenta,
O meu universo limitado,
Porém, poetizado,
O ser não pode ir, mas, inventa,
Sonhos no amanhecer,
Faz de conta que é alado,
E deixa a alegria acontecer.


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IMAGINA

 Abro as asas do meu sonho
e um poema componho,
pra viver a fantasia
de voar, livre, no espaço,
ao alcance dos teus braços,
razão da minha alegria.
Voo alto, sem barreiras,
e atravesso a fronteira,
que separa o Universo
do mundo real, limitado,
pois criando os meus versos
sinto-me realizado.
Faz de conta, tenta, inventa,
a vida nos acalenta,
tudo pode acontecer...
Deixemos o barco correr.

(HLuna)