NADA A DECLARAR

HOMO SAPIENS!

DE ONDE VENS?

QUEM SÃO TEUS PAIS?

PARA ONDE VAIS?

OLHA AO TEU REDOR!

O QUE PODE SER PIOR?

ONDE ESTÁS QUE NADA VÊS?

NEM SEQUER POR UMA VEZ!

PÓ DA NUVEM, VULCÃO.

NEM ÍBIS, NEM AVIÃO.

ESCUTA! OUVE O TROMBONE!

ESTÁS MOUCO ANTE O CICLONE!

ANTE O TREMOR, TAMBÉM!

NÃO TE AVISARÁ, NINGUÉM!

E VEM, CALOR SUFOCANTE

FERVER MARES DE ALMIRANTE.

MORRE A VINHA, SECA A UVA.

FOGO, CINZA, VENTO E CHUVA.

PRAGA, PESTE, GRIPE, SIDA.

ASSIM, ESVAI SUA VIDA.

VÊ QUE O HOJE JÁ É ONTEM!

E O AMANHÃ FOI ANTEONTEM!

SEU TIO SE EXPANDE EM GUERRA.

POR TODO CANTO DA TERRA.

ENQUANTO SE OUVE UM HINO,

EXPLODE-SE UM BEDUINO

MONTADO SEM SELA, EM PELO,

NO LOMBO DE UM CAMELO,

ACENANDO COM A MÃO,

PROS FILHOS DE SALOMÃO.

ENTÃO, OUTRA MÃO SE ERGUE

DERRETENDO O ICEBERG.

FOI-SE O QUE ERA PRAIA.

ANTES FOI-SE O ATALAIA.

OUTRAS CINZAS PELO AR.

SOOU EXPLOSÃO NUCLEAR!

SEM NINGUÉM PRA TE ESCUTAR

SEM VERSOS PRA RECITAR,

SÓ HÁ POEIRA NO AR,

NADA A DECLARAR...

Amelius
Enviado por Amelius em 03/06/2013
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