Plenitude
Colhe o tempo, no seu tempo,
as flores do seu jazigo,
Nascem belas a cada hora,
Enfeitando o rosto amigo:
Violetas, Éricas e as Margaridas de Fausto,
Repletam um jardim de solidão,
caminhando sempre contigo...
E quando o corpo de um tempo exausto,
fenece às quartas de um segundo,
Emurchece triste seu templo morto.
A vontade, com cheiro de flor nas mãos,
A alegria, regozijada no sonho absorto...
As faltas preenchidas nos sorrisos
são companhias no vazio da imensidão.
Baila a vida em algum lugar do mundo,
e a morte, permanece estática no coração.
Uma flor que esteve na lapela de seu traje fino,
bailou contigo sensações de um tempo incerto,
com a incerteza de toda verdade,
Eterna parte de um momento,
que desperta todo tempo a plena eternidade.