Laconismo. A Vida.
Vós, que desfolhais,
A fina flor do tempo
Em cada primavera
Desde abandonar
A ilusão das trevas
Sob o firmamento...
Na angústia do gozo
De que fostes formados
De pétala a pétala,
Caídas nas auroras
Até o sol poente.
Esta ida aos ventos
Esparzidas...
Já não dão ideia de flores.
Indicando, dedo em riste,
A concisão que é a vida.
Que de um momento
Ao outro, virá...
O instante, em que,
Não mais existes.
Retornarás ao breu
Do onde veio,
Onde, o ego...
Já não reconhecerá o eu.
E, vaidades decompostas.
Frutos do pó ao pó
Serenam em lama.
A lama absorve-a a
Terra. E veja só,
Que brotando do nada...
Nessa trama;
Uma roseira que um dia,
Sabe Deus!...
Far-se-á em rosas.