Meninas e olhos
Visitei o olhar da menina.
Lá por detrás, na porta dos fundos,
Não havia sonhos dantescos
Era o agora que ardia.
Sua natureza se renovava
febril, sincera e feminina;
E em todos os seus instantes
Nascia uma nova eternidade;
Seu corpo quer o prazer
Que vem da harmonia necessária
Para a eclosão de um novo ser.
Mas ela canta docemente.
Sem saber das tramas,
Protagoniza um drama tragicômico
Enquanto os elementos esperam
Sem pressa o desenrolar dos fatos.
Pelo bem ou pelo mal,
Sempre haverá um novo choro,
Que brota de uma nova luz,
Que cega um novo ou uma nova vida
Que se chamará criança.