Bondade
Estou temeroso quanto aos versos
que possam advir sobre mim,
pode ser que o mundo desfragmente
e não nos sobre montar raízes.
As passagens mais emblemáticas são praia,
interior e a cidade. Corpos pegam fogo
no vinho, preparam o porvir
para goladas de sensação sacra.
Fica mais claro agora
que suas fumaças são o cerne
de um ardor de amor a faísca
de um maior contato com Deus.
Quem se enche de virtude reparte
em dois três parangonados na roda
declamando e bolando as massas.
Dichavar confunde-se com as conversas
no caleidoscópio de ruas da Augusta,
das bibliotecas públicas e púbicas
dos teatros. Agora a Virada Cultural
e os bares de quiosque para a mistura
de odores na bruma noturna. Na metrópole
voam carros e arranha-céus
e curraizinhos verdes e pessoas sem eixo.
O cachorro late e morde o pinto
por trás, o gás e a penugem engasgam
a bicharia, que tosse e exala
o hálito de aromas na serração.
"Vai se divertir e volta morto!"
o bandido com a polícia armam saques
alternados, e a única segurança é torcer
de roupa simples e poucos adornos.
Adorno essas horas é bagulho
e um sorriso às vistas são todos,
claro caso se tocar o rock'n roll
rima com a pedra cristalina
brilhando na falha de Andrews e lares
da periferia longe e rente os emaranhados,
a água se esvaiu e sobraram pingas
e becks bolados, prateleira, bucho e Mente.
Universo Primitivo, 13