"Tela irreal"
Meus olhos
pintam desejos
calam esperas
gritam ilusões
alucina, projeta
deslumbre em tela
real não escuta
devora-me o caos
ideal que fomenta
aguardo em ânsia
apenas tormenta
recuso, nego
perdura quimera
calo e grito
chama que aflige
ilusão adiante
enredo não visto
por mim não sentido
um foço, poço
sinto o atrito
corro, não quero
evito o conflito
retomo à margem
sorrio em disfarce
permaneço perdido
credo-me tela
sendo moldura
ali morto ...
pensando "ser" vivo!
- Kátia Golau Cariad -