"Tela irreal"

Meus olhos

pintam desejos

calam esperas

gritam ilusões

alucina, projeta

deslumbre em tela

real não escuta

devora-me o caos

ideal que fomenta

aguardo em ânsia

apenas tormenta

recuso, nego

perdura quimera

calo e grito

chama que aflige

ilusão adiante

enredo não visto

por mim não sentido

um foço, poço

sinto o atrito

corro, não quero

evito o conflito

retomo à margem

sorrio em disfarce

permaneço perdido

credo-me tela

sendo moldura

ali morto ...

pensando "ser" vivo!

- Kátia Golau Cariad -

Kátia Golau Cariad
Enviado por Kátia Golau Cariad em 24/05/2013
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