SENSIBILIDADE
Censurarei meu itinerante pensamento
Quando quiser voar para além do limite
Para que assim não se torne recalcitrante
Hipnotizado por essa linda Sílfide urbana
Presa em seu sectário e inabordável silêncio
Convivendo com apócrifos discernimentos
Luto pela expiação dos meus erros e defeitos
Relutando contra a obviedade do que se passa
Perpassa movediços terrenos das inter-relações
Quando o eminente torna-se então iminente
Tem-se que tratar o tempo com todo esmero
Para assim tentar conhecer seu outro norte
A abrangência intrínseca de sua sensibilidade
Tentar montar o mosaico de sua visibilidade
Nesse abissal quebra-cabeça das vontades
Os tentáculos das imagens interiorizadas
Sustentáculos de nossas perenes fantasias
Ante o absenteísmo das nossas vontades
E o nonsense de nosso portentoso destino
Esse desejo persecutório além dos limites
Formado pelas teias de paradoxos desatinos
No lirismo dos arredores de nossas predileções
No denodo das sensações de minha percepção
O fulcro de todas as emoções em mim abscondidas
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