TEUS VETORES
Dou-te as chaves do império de Chronos
Dotando-te assim do tempo e sua linearidade
No macro-cosmo existente nas transitoriedades
Delineando assim todo o teu presente na ausência
Incrustado na vastidão dos espaços de ti vazios
Preso que sou dos rascunhos de teus segundos
Vazados por frestas da efetividade de teus vetores
Onde desfilam todas as nuances do nada subjetivo
Onde passeio sobre solos de espaços imprecisos
Atraído pelos insólitos mistérios de tua atemporalidade
Pela premência delineada por essa incólume versatilidade
Intumescido pelo tempo incorporado as tuas sinuosidades
Inescapável aos apelos dos desejos em mim então inauditos
Não obstante serem incólumes aos meus insistentes apelos
Sem tergiversar sobre o que sei ser totalmente lídimo
Na certeza que em mim habita toda tua imanente presença
E a inação das vontades insuladas em teu íntimo suprimidas
Permaneço na contigüidade de tua versatilidade minimalista
Mesmo parecendo antagônico todas as minhas elucubrações
Preciso de teu imprescindível tempo em todo o meu tempo
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