TREZENTAS ERAS

De rimas em rimas traço meu caminho

Em papéis decorados em visões dimensionais;

Escrevo meus versos num pergaminho

E cedo ao céu, pares de estrofes emocionais.

No lapso da tinta de meu ser olvidado

Ondeiam as letras em serpentes disfarçadas

Poema grafado aos olhos jaz cintilado

Ao pranto que me vem nas horas inspiradas.

Trezentas eras, presente eras tal verbo

Que se fora no colo de uma domada neblina.

Castiçais em fogo de um ébano soberbo

Já não brilham astros no adro de minha sina.

Vagões de vozes, coros de ares lentos

Sibilam na noite o sobejo de uma tarde fria.

Quem sabe me tomassem os aposentos

Ao florescer do dilúculo na veste da poesia.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 17 de maio de 2013.

Aos amigos do Recanto, deixo o meu cordial abraço e meus sinceros agradecimentos, pois estarei ausente por um tempo. Fiquem com Deus!

20/05/2013.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 17/05/2013
Reeditado em 07/02/2014
Código do texto: T4294557
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