PRECE DE CAPITU
Trago sim, não minto, sob os olhos a tal dissimulação,
Há rancores e mágoas sucumbindo nossa paixão
Teus olhos... Que veem nos meus?
Algo que te cega, ao ponto do adeus.
E Oh, Deus!
Eu que não creio, oro
Vos rogo e imploro
Justiça à cigana.
Eu que bordei véus impuros,
traçados escuros,
Eu que fui tão sacana.
Eis a prece da meretriz falida,
Pelo ciúmes vencida,
Pobre trapo cigano.
Eis, que a mulher pede paz,
como se fosse capaz
de reparar o engano.