OLHOS DE FOGO
Os olhos de fogo,
Acendem-se para o horizonte...
Enquanto eu,
Durmo no escuro da solidão
E nem vejo,
Os olhos de fogo...
Desligado deste vil caminho,
Descubro-me n’outra dimensão...
Longe dos olhos de fogo!
Por certo estarei,
Banhando-me nas águas do deserto
Ou me esquivando das fortes correntes...
Aos sonâmbulos devaneios viajantes,
Acorrentado não serei...
Eu,
além das nuvens de algodão...
Bem perto do jogo,
Das narinas do dragão...
Porém alheio as possas deste chão,
Distante, muito distante...
... Dos olhos de fogo!
Autor: Valter Pio dos Santos
Mai/2013