Fumegante
Poderia construir um império
em meu pretenso imperialismo,
quanto ouro e concreto
visados, isso é sério...
a tão tênue altruismo
um sorriso dileto,
construiria robôs e exércitos,
daí voei em outros ares,
entre os mentores do caos,
atmosféricos e ilícitos,
segui o caminho dos mares
indistintos bons e maus,
fumegando pelos ouvidos
o que olhos, coanas e boca
não veem ou deixem passar,
então capto estalidos
de uma voz grave e rouca,
trago uma nuvem... e um sonar,
acendo e ascendo pelo ar
transcendente, visionário
e me faço, mais uma vez, missionário...
(Niedson Medeiros, 03 de maio de 2013)