Atemporalidade

A urgência do meu ser

É uma pétala de rosa

Arrancada à revelia

Tanto quero e mais

Que me tropeço

Na rosa intacta e

Seu fragmento

Cravo ao peito,

É a pétala dita

anteriormente,

Mas que não é

anterior a nada

é verdadeira,

nascente e crescente

A flor vermelha

Sangrando-me o peito

De quereres muitos.

Saudades, águas,

Sorriso fatigado,

Deem-me asas

E nomeiem a vida

De aqui e agora.

Só isso....

E por isso a música.

Neusa Azevedo
Enviado por Neusa Azevedo em 06/04/2013
Reeditado em 26/04/2013
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