Exposta...

Não, não vou me curvar aos conceitos alheios

Não vou permitir que me julguem por fora

Não, não e não!

Ninguém vai me condenar por quem eu não sou

E quem eu sou?

Você sabe?

Ou me julga?

Um enigma nunca é fácil

E já dizia a esfinge:

"Decifra-me ou eu te devoro"

Mas eu não sou um enigma

Muito menos a esfinge

Embora, às vezes quero mesmo é devorar

Devorar o preconceito que gira entorno de mim

Preconceito este que rejeita tudo aquilo que é diferente

E eu sou sim, diferente.

Nem sempre falo aquilo que penso

Quando falo, devasto o que há em volta

Mexo sim, com os conceitos, com os pensamentos

Questiono profundamente, pois eu vejo profundamente...

Ponho sem querer o dedo na ferida

Quem me recusa?

Aquele que esconde algo, que esconde seu interior

Não tenho a pretensão de ver o interior das pessoas

Mas algumas vezes vejo...é sem querer

Quando alguém reconhece isto e tem medo

Me rejeita, me aborta, me exclui

Mas porque? Não quero fazer mal

Não quero expor, não quero ferir

Se acaso falo, é para prevenir

Estranho dom...

Maldição talvez?

Perco aquilo tudo que mais amo

Sinto dores dilacerantes

Mas não me arrependo-me de ser quem sou.

Debora Lyrio
Enviado por Debora Lyrio em 25/03/2013
Código do texto: T4206199
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