BORBOLETAS OUTONAIS – Um duo
As tardes frias pintam
Na tela da natureza
As cores se excitam
Aquarela em ouro velho
Retrato bordado em lastro
Vai-se o verão deixando rastro
Folhas caem mansas e suavemente
Abrindo espaço dourando chão
A vida repousa delicadamente
Mesclam castanhos e avermelhados
Cambaleando
Uma
por
Uma...
Formam a paisagem exuberante
Secas estalam no imenso tapete
Chão de sonhos é palco extasiante
A terra toda transparece ramalhete
Leves ao sopro final
Desfazem-se pálidas, opacas
Ao chão
Umedecido dorme comovido
À espera algo novo a semear
É o tempo a apurar seus ouvidos
Disperso, algum fio de vida
Recebe em carícias doce orvalho
E exala derradeiro suspiro
A obra divina receberá o talho
Do manto da criação que espira
O que do verão se embaralhou
As folhas morrem...
Oh, natureza sábia
Relicário de múltiplas delicadezas.
Fonte perene de inovações
Intrépidas pulsações
Vida após vida essas outonais
Macias, úmidas folhinhas
Germe transcendente da seiva
Metamorfose pura do cio da terra
A preparar o ventre da nova era
Misturando em cores, viram borboletas
Nova aquarela em flor
De outras primaveras...
Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes
As tardes frias pintam
Na tela da natureza
As cores se excitam
Aquarela em ouro velho
Retrato bordado em lastro
Vai-se o verão deixando rastro
Folhas caem mansas e suavemente
Abrindo espaço dourando chão
A vida repousa delicadamente
Mesclam castanhos e avermelhados
Cambaleando
Uma
por
Uma...
Formam a paisagem exuberante
Secas estalam no imenso tapete
Chão de sonhos é palco extasiante
A terra toda transparece ramalhete
Leves ao sopro final
Desfazem-se pálidas, opacas
Ao chão
Umedecido dorme comovido
À espera algo novo a semear
É o tempo a apurar seus ouvidos
Disperso, algum fio de vida
Recebe em carícias doce orvalho
E exala derradeiro suspiro
A obra divina receberá o talho
Do manto da criação que espira
O que do verão se embaralhou
As folhas morrem...
Oh, natureza sábia
Relicário de múltiplas delicadezas.
Fonte perene de inovações
Intrépidas pulsações
Vida após vida essas outonais
Macias, úmidas folhinhas
Germe transcendente da seiva
Metamorfose pura do cio da terra
A preparar o ventre da nova era
Misturando em cores, viram borboletas
Nova aquarela em flor
De outras primaveras...
Duo: Graça Campos e Hildebrando Menezes