EQUINÓCIO

Ainda se vê no ventre do universo

Um limiar de luz e de escuridão a se inserir

Limitando dias e equilibrando verso

Trazendo consigo o dom de saber se sentir.

Da tenda celestial, ouço teus sons

Ecoando pelos sumos dos tantos instintos...

Vidas se pintando em mesclo tons

E, cada qual se esvai entre teus labirintos.

Reluzem-se no cristal de tua prece

A chama que, ao dia, aguarda pelas noites

Povoando órbitas que em ti cresce

No clímax de divinal sedução das pernoites.

Equinócios orientando os sentidos;

Tomando as noites vestidas nos teus lábios

E se deita à terra de raios despidos

Nos abraços diários que se oferecem sábios.

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Giovanni Pelluzzi

São João Del Rei, 20 de março de 2013.

Giovanni Pelluzzi
Enviado por Giovanni Pelluzzi em 20/03/2013
Reeditado em 10/02/2014
Código do texto: T4198701
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