EQUINÓCIO
Ainda se vê no ventre do universo
Um limiar de luz e de escuridão a se inserir
Limitando dias e equilibrando verso
Trazendo consigo o dom de saber se sentir.
Da tenda celestial, ouço teus sons
Ecoando pelos sumos dos tantos instintos...
Vidas se pintando em mesclo tons
E, cada qual se esvai entre teus labirintos.
Reluzem-se no cristal de tua prece
A chama que, ao dia, aguarda pelas noites
Povoando órbitas que em ti cresce
No clímax de divinal sedução das pernoites.
Equinócios orientando os sentidos;
Tomando as noites vestidas nos teus lábios
E se deita à terra de raios despidos
Nos abraços diários que se oferecem sábios.
****
®
Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 20 de março de 2013.