PELOS CAMINHOS DA POESIA

Andava eu tão distraído,
Pelos caminhos da poesia,
Tão absolvido,
Pela enigmática travessia,
Que nem percebi,
O instante,
Em que você passou,
De soslaio me olhou,
Andava eu tão atraído,
Por esse poético universo,
Que eu não te vi,
No rumo inverso,
Com o olhar brilhante,
Que nem senti,
O seu divino perfume,
Penetrar nas narinas,
Me perdoe doce menina,
Minha eterna musa,
Eu não tenho esse costume,
Não passo assim, batido,
Por quem eu tanto desejo,
Mas, é que a poesia me usa,
Me envolve, me domina,
Deixa minha alma hipnotizada,
Que eu não vejo,
Não sinto mais nada.