INSÔNIA

Vejo-me mais uma vez

Na insônia dos pensamentos

Vago por minhas noites errantes

E vogo pelas tormentas de meu mar

Nessas negras noites de louco silêncio

Ouço sons sutis ecoarem ininteligíveis

E crio imagens dentro desse grande vazio

A bruma da madrugada toca-me o rosto

E nada consigo enxergar além de sombras

Preso nesse espaço profusamente monocórdio

Então evoca tua lembrança meu único anódino

Os minutos passam demorados e inclementes

Enquanto a Nau das horas singra negras ondas

Guiada pela pulsão de lisérgicos pontos cardeais

Tento tocar a barra do amanhecer com meus dedos

Mas pressinto que a catadupa dos sonhos me espreita

Então nado contra a maré com ardente sagacidade

E é quando tua imagem tem em mim profunda abrangência

Teus olhos agora são mais que salvadores faróis

Tornaram-se meu norte a guiar-me a teu seguro porto

E lentamente a noite vai desintegrando-se em mim

E acordo arfante nos braços de tua iluminada manhã

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 01/03/2013
Código do texto: T4165455
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