OS MORTOS E OS VIVOS

Eu não pretendo reviver os mortos

“Que descansem em paz na tumba fria”.

Eu não pretendo confrontar os mortos,

Que ainda mortos, tem a sua gelosia.

Apenas sei que estou vivo,

Que vivo da esperança que já não tem os mortos,

Que percorro os caminhos vastos dessa vida,

Entre prantos, risos e sorrisos,

Que, ainda respeitando os mortos, pelo que foram vivos,

Vivo, em busca do meu amor intenso, talvez insano,

Em busca do meu viver quotidiano.

A morte iguala os vivos,

Quando mortos são,

Mas a vida não iguala os mortos,

Aos que vivos estão.

Sem querer fazer filosofia,

Sem querer amargar paixões vencidas,

Grito e berro meus loas ás vidas,

E faço minha modesta poesia.

Não quero, nem pretendo, igualar-me aos mortos,

Que um dia vivos foram.

Talvez melhores ou piores, nunca saber-se-ia,

Mas amo meu amor pelo amor somente,

Temente,

A cada gesto de amor de cada dia.

Na verdade eu quero amar,

Jamais afrontar ou confrontar os mortos.

Afinal a minha poesia é de toda sorte

Uma antecipação

Do que será a minha morte...

Krumah
Enviado por Krumah em 26/02/2013
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