A Mascara De Cada Um

Minha alma está ferida.

Já não sei se meu olhar será alegre quando morrer...

Socos e pontapés não doem como palavras.

Deve ser bom então esse tal de choro,

Como se alma escorresse para fora do corpo.

Querendo fugir.

Desaparecer dessa morada imprevisível,

Cheia de lacunas e sofrimento... Mal esclarecidos.

Que será disso tudo quando a ultima gota escapar...

Pensaremos no reflexo do olhar?

Mas a mulher, delícia e destruição do mundo...

Carrega a criação,

Suas dores de partida,

Seus anseios de crescer,

Suas maravilhas enternecidas.

Ainda leva na cara a responsabilidade de ser natureza.

Do seu ventre, “pecador original”...

Surgirá nossa salvação aqui na terra.