LUA NOVA E NÃO À MÍNGUA!

Lua Nova
de tão magra, sobra!
Apenas uma nesga...
Quase uma unha recortada.


No espaço reina sóbria,
e, jamais soçobra...
Uma arte, uma obra!
Nosso amor por ela se desdobra.


Mas, até uma pessoa vesga
inda que seja cega
a percebe pela intensidade da luz...
A Lua Nova sempre seduz e como pega!...


E antes da crescente faz sua silhueta assim
tão elegante intente, qual modelo e manequim
na tentação de uma Gisele Büchen...
na passarela sideral desfila eterna, sem fim...


Pois, pasmem,
contanto que desembuchem!
Até estrebuchem...
Salve! Salve! Salvem! Saúdem...


A vocação de sua lindeza
passa por quatro momentos,
cada fase é um evento
que assombra a natureza!


A lua é um astro
que de tão bela, a mim, me baste
como um estandarte num mastro,
Ela se basta plena sem desgaste ou quarentena!


Sendo lua é feminina,
em sendo astro é masculino
é, portanto, casta no social
e casto, no plano moral...


Não fossem os astronautas
que um dia nela pisaram
deixando em seu solo marcas
de botas e uma bandeira fincada...


E, seria para sempre eterna virgem...
Os homens como sempre, homens!...
Propulsores de máculas
são verdadeiros Dráculas...


E em sua virtude seria e teria
vertiginosamente só qualidade,
jamais vicissitude!...
Amo vê-la da Terra ao tê-la no céu...


Pois, só pra ela tiro meu chapéu!...
Embora, o Sol com sua energia
de milhões de luzes a fazer as vezes,
aqui pra nós e entre nós, de nosso farol!


Viva a Lua em sua fantasia  prateada e 
nua!!!
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 13/02/2013
Reeditado em 13/02/2013
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