Criação, magia e ingratidão

Tudo começou na minha mente.

Primeiro tive que criar a poesia;

Depois, com o tempo,

O próprio tempo se formou;

Até então era só pensamento.

Criei um espaço infinito

Que nem mesmo “eu” sabia o limite

Ele era todo escuro e sem fim,

Nem dava pra ver nada;

Ver o que? Se o nada era nada.

Comecei a bolar algo que fosse

O contrário do nada. Gostei.

Comecei a jogar mundos em espirais

Como você joga serpentina

E confetes nos seus carnavais.

Um de cada cor, tamanho, textura;

Foi como um vendaval que dava medo.

Em volta de alguns criei luas, asteroides

Sois, estrelas mudas e distantes.

Um dia, um dia não,

Uma vez, uma vez também não.

Uma o que será? Então criei uma semana

Um jardim chamado terra,

Que você chamou de paraíso;

Cheio de seres vivos e maravilhosos.

Eles não eram racionais. Criei a razão;

E no fim precisei de um mordomo

Criei você para pensar como eu.

E cuidar de tudo. Você não botou fé;

E destrói tudo, mas é livre; isso eu garanto.

Seu ingrato, Inventou um tal de big bang

E, num passe de mágica, quebrou todo o

Encanto e a magia da criação.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 11/02/2013
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