Criação, magia e ingratidão
Tudo começou na minha mente.
Primeiro tive que criar a poesia;
Depois, com o tempo,
O próprio tempo se formou;
Até então era só pensamento.
Criei um espaço infinito
Que nem mesmo “eu” sabia o limite
Ele era todo escuro e sem fim,
Nem dava pra ver nada;
Ver o que? Se o nada era nada.
Comecei a bolar algo que fosse
O contrário do nada. Gostei.
Comecei a jogar mundos em espirais
Como você joga serpentina
E confetes nos seus carnavais.
Um de cada cor, tamanho, textura;
Foi como um vendaval que dava medo.
Em volta de alguns criei luas, asteroides
Sois, estrelas mudas e distantes.
Um dia, um dia não,
Uma vez, uma vez também não.
Uma o que será? Então criei uma semana
Um jardim chamado terra,
Que você chamou de paraíso;
Cheio de seres vivos e maravilhosos.
Eles não eram racionais. Criei a razão;
E no fim precisei de um mordomo
Criei você para pensar como eu.
E cuidar de tudo. Você não botou fé;
E destrói tudo, mas é livre; isso eu garanto.
Seu ingrato, Inventou um tal de big bang
E, num passe de mágica, quebrou todo o
Encanto e a magia da criação.