EU VIDA

Faz-me um cigarro companhia somente

Olho para a fumaça que se esvai

No vazio do nada à minha volta

Dentro do nada do vazio

Vejo-me...

Não eu, Ser... mas eu, Vida

Vida latente pulsante vivente

Vida que num momento sorri num outro pranteia

E num outro torna a sorrir novamente...

Vida que ama e que deixa de amar

Que é amada e que deixa de ser amada

E depois torna a amar e ser amada novamente...

Vida que fala e canta e anda e corre

Que, às vezes, também pára queda imota silente

E depois torna a seguir em frente...

Vida vivente, que vive...

Até o momento em que se esvair

Como a fumaça do cigarro...

Erik McArthedain
Enviado por Erik McArthedain em 15/03/2007
Código do texto: T413483
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