SILÊNCIO
Silêncio!
Estou a meditar
Longe está meu pensamento
Penso na criança que faz feliz um lar
Estou onde se deu meu nascimento
Eu, o útero, a gestação
Vejo-me buscando a luz
Escuto meu grito
Não sei se de renúncia
Anunciação
Ou prevendo o peso da cruz
Silêncio!
Conheci o mundo do pecado
No útero fui feliz
No meu refúgio de amor
Do qual fui mutilado
Pra lutar pela vida vis-à-vis
Vejo-me inocente, acinético
Acostumando-me a respirar poluição
Meu sorriso é puro, quase patético
Minha mãe, indiferente a meu drama,
É toda ternura e emoção.
Uma palmada me desperta para a vida
Sinto o sangue acionar meu coração
O parto me jogou nos braços de outra sina
Fecundar sonhos pelas ruas da nação
Um sorriso me trás à realidade
É meu rebento que me olha admirado
Sou um adulto, fui criança, que saudade
Do colo quente de onde fui retirado.
Silêncio!
Estou a meditar
Longe está meu pensamento
Penso na criança que faz feliz um lar
Estou onde se deu meu nascimento
Eu, o útero, a gestação
Vejo-me buscando a luz
Escuto meu grito
Não sei se de renúncia
Anunciação
Ou prevendo o peso da cruz
Silêncio!
Conheci o mundo do pecado
No útero fui feliz
No meu refúgio de amor
Do qual fui mutilado
Pra lutar pela vida vis-à-vis
Vejo-me inocente, acinético
Acostumando-me a respirar poluição
Meu sorriso é puro, quase patético
Minha mãe, indiferente a meu drama,
É toda ternura e emoção.
Uma palmada me desperta para a vida
Sinto o sangue acionar meu coração
O parto me jogou nos braços de outra sina
Fecundar sonhos pelas ruas da nação
Um sorriso me trás à realidade
É meu rebento que me olha admirado
Sou um adulto, fui criança, que saudade
Do colo quente de onde fui retirado.