SÓ SONHANDO
SÓ SONHANDO
Joyce Sameitat
Dedos de carvão que traços esfumaçam;
Das gotas de chuva tão cinzentas...
E as mangas das nuvens se arregaçam;
Tentando tornarem-se mais violentas...
No choro da água que do chão se evola;
Misturam-se pensamentos em comunhão...
Porém um a um devagar vai-se... Evapora;
Mas bem coloridos e não qual carvão...
Um dia voltarão a se solidificar;
Pois eu os quero em mim de volta...
Senão poderei deixar de sonhar;
Como está me ocorrendo só agora...
E o esfuminho continua manchando;
Criando névoas, neblinas e cerração...
Enquanto isto minh'alma vai caminhando;
Tentando apagar com força cada borrão...
SP - 01/02/13