NÉVOA
As pessoas são falsas.
São sombras e pó.
Ensaiam uma peça
Que nunca se realizará.
São vítimas do ego.
Padecem como reis e rainhas
Em seus castelos imaginários.
Onde governam súditos apáticos,
Que seguem um soberano fraco.
Todos são heróis e heroínas.
Vencedores e conquistadores.
Jamais são plebeus e perdedores.
Assim pensam suas mentes iludidas.
Que criam realidades alternativas.
Medrosas, ciumentas, covardes.
Invejosas, vis e fracas.
Tem medo de assumirem o que são.
Preferem o sabor da ilusão.
Recusam-se a admirar a própria centelha.
O seu brilho interior, a sua supernova.
Onde há criação... E emoção...