TEU CORPO

Teu rosto, tão indefinido,

Mas em meus pensamentos,

Faz-me sentir tantas sensações,

Confusas, imprevisíveis e dóceis.

E assim em minha imaginação,

Via-te sereno, calmo, pensativo,

Mas na verdade, quantas surpresas,

Na verdade és pura impaciência.

O mundo entorno, formal,

Mas tu, largado,

Teu corpo, fala, grita,

Da sua intolerância,

Que tuas mãos expressam.

E em alguns momentos,

Teus olhos estão cansados,

Exaustos, desiludidos,

De tudo que não podes modificar.

Apenas e só, tolerar,

E teus silêncios dizem tanto,

Mesmo aos que olham, assim dizem,

Na mesma direção.

Mas na verdade, apenas, e só,

Para agradar e seguir junto,

Na mesma estrada, lado a lado,

Mas em teu silêncio, tudo vês.

E assim, aos poucos,

Um homem se forma, ao meu olhar,

Com tantas insatisfações,

E na sua mente, um mundo,

Só teu, para transformar.

Que mal se dá tempo, no tempo,

Para os sonhos, que são tantos,

Nesta alma sedutora e audaz,

Com imensa e tanta vontade de voar,

Livre, para realizar um mundo só seu.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 29/01/2013
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