MADRUGADAS

Pelas vastas e sombrias madrugadas,

Bizarros caminhos, lugares a percorrer...

Noites soturnas estreitas encruzilhadas,

Entroncamentos, charadas pra não se perder!

Como a rosa dos ventos, várias direções,

Entranhas estranhas pelas montanhas...

No pensamento, devaneios, imaginações,

Viagens, manhas, artimanhas e façanhas!

No marca passo trigueiro dos sonhos,

Argumentos, instrumentos do silêncio...

Noites nuas sem estrelas e sem luas,

Nos descompassos de fatos tristonhos...

Letras espargidas em folhas de papel estêncil,

Como num deserto chão em ruínas, sem ruas!

De olhares acesos, alertas e espertos

Sequem apenas suas jornadas e aventuras,

Desvendando mistérios de espaços abertos...

Horizontes de outros lugares, marés e amarguras!

Vestidos e revestidos, investidos no azul e branco

Sobre uma verde imensidão que erva a face da terra,

Garantidos pelo ouro com o teor de homem franco...

No final do arco-íris, nem tudo que reluz se encerra!

Autor: Valter Pio dos Santos

Jan-2013

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 27/01/2013
Código do texto: T4108240
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