GRÁVIDA DE AMOR

Nas trilhas solitárias
do breu silencioso
a vida descansa...
Ébrios tropeçam
nas ilusões,
os sonhos pedem
passagem...
Violas lamentam
amores perdidos
derramados na voz
dos menestréis.
Debruçados em parapeitos,
olhos molhados fitam
o infinito...
Buscam consolo no
colo das estrelas.
Amantes comungam
no altar das alcovas,
juras eternas no
cálice do prazer...
Alheia aos
infortúnios,
a lua inspira-se...
Com as entranhas emprenhadas
pelos anseios errantes,
explode em versos a vate...
Grávida de amor,
a noite pari poesia.
BETH LUCCHESI
Enviado por BETH LUCCHESI em 26/01/2013
Código do texto: T4106053
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