EM CONTEMPLAÇÃO . . .

sou um traste

um lixo em meio

a léxicos “senões”

falsos elogios

que se perdem fracos

em estilhaços e cacos...

uma pobre, podre

e vulgar porcelana

que se despedaça

ao menor toque

sem reminiscências

e foge de todas

as vis lembranças...

e até o risco dos traços

cuja lágrima

deixa em seu caminho

m'enlameia o rosto

e faz de mim

a sombra do pouco

que me vejo

e daquele traste

lixo podre

que me resta!

(Tadeu Paulo – 12/3/2007)