Objeto morno
Com um caminhar vacilante
Um olhar inquieto
Eu sigo reto, avante.
Dou umas tragadas
Para diminuir a perplexidade
Me sinto cansada, sem idade.
Como um objeto morno
Sem-tempo, reto, vacilante
Que espera pelo eterno retorno
Sou atemporal, não há marcas
Em meu rosto sóbrio
Vejo-o declinar pelo surreal.