BRANCO E PRETO - Um duo
Certo dia no piano de cauda
Pelo toque... Duas teclas roçaram
Foi amor intenso... Logo de começo
Notas dedilhadas pelo fascínio
Voando sem nenhum tropeço!
Almas que se interpenetraram
E duas peças se cruzaram
Em plena e total harmonia
Num tabuleiro de xadrez
A sedução mútua invadia
Investiram ali suas energias
Um dia ousaram despir-se
Tudo posto a nu e cru
Preto no Branco
Soltos véus e mantos
Rei e rainha
Ébano e marfim
Que grande espanto!
Branca pena saliente
Soltando cores quentes
Esboçou o poema inteiro
Depois de mergulhada
Em negro tinteiro
Meio que embriagada
Até um tanto deslumbrada.
Deslizou...
Suas dores e amores
Usando várias cores
Rabiscou...
O que estava encoberto
Colocou às claras
Branca folha de papel...
Viu a pena virar pincel
Outro dia
Caiu dos céus
Sem escarcéu
À chuva
Lavou as lágrimas
Das eternas esperas
O preto e o branco
Sonhos e quimeras
Tudo de relance... Misturou!
Na avalanche a boca se calou
Emudeceram-se os lábios
O preto desbotou
Noutro branco e preto...
Acinzentou!
Acidente, mera coincidência.
Da união das essências
A melodia logo encantou
Para espanto da ciência
A poesia brotou!
E o mundo boquiaberto
Com tamanha sabedoria
Repleta de esperança e alegria
Agradeceu ao autor!
Duo: Margareth Ribas (Virtuose) e Hildebrando Menezes
Certo dia no piano de cauda
Pelo toque... Duas teclas roçaram
Foi amor intenso... Logo de começo
Notas dedilhadas pelo fascínio
Voando sem nenhum tropeço!
Almas que se interpenetraram
E duas peças se cruzaram
Em plena e total harmonia
Num tabuleiro de xadrez
A sedução mútua invadia
Investiram ali suas energias
Um dia ousaram despir-se
Tudo posto a nu e cru
Preto no Branco
Soltos véus e mantos
Rei e rainha
Ébano e marfim
Que grande espanto!
Branca pena saliente
Soltando cores quentes
Esboçou o poema inteiro
Depois de mergulhada
Em negro tinteiro
Meio que embriagada
Até um tanto deslumbrada.
Deslizou...
Suas dores e amores
Usando várias cores
Rabiscou...
O que estava encoberto
Colocou às claras
Branca folha de papel...
Viu a pena virar pincel
Outro dia
Caiu dos céus
Sem escarcéu
À chuva
Lavou as lágrimas
Das eternas esperas
O preto e o branco
Sonhos e quimeras
Tudo de relance... Misturou!
Na avalanche a boca se calou
Emudeceram-se os lábios
O preto desbotou
Noutro branco e preto...
Acinzentou!
Acidente, mera coincidência.
Da união das essências
A melodia logo encantou
Para espanto da ciência
A poesia brotou!
E o mundo boquiaberto
Com tamanha sabedoria
Repleta de esperança e alegria
Agradeceu ao autor!
Duo: Margareth Ribas (Virtuose) e Hildebrando Menezes