LÁPIDE DOS VENTOS
Juliana Valis
Onde o verso se perde,
Um sonho me encontra,
Onde a luz só renasce,
Uma estrela se esvai,
No labirinto do impasse,
A esfinge me trai
E me atinge, tão sóbria,
Na lápide dos ventos...
Onde o amor grita,
Um verso me explode,
E me joga a cor mais aflita
No delírio que pode
Bem, assim, transbordar...
Quando o dia renasce,
A lua sonha com o mar,
Suplicando no impasse
Que o vento mostrar
O tempo que nos guiasse
Rumo ao sonho de sempre amar.
Céus, onde haverá resquício
Do que fomos bem antes da manhã ?
Pois quando a dor se esvai no precipício,
O amor nos pede a paixão mais sã,
Na profusão que mede o medo no interstício
Entre segredo simples e ironia vã.
Onde o verso se perde,
Um dia me encontra,
Onde a luz só renasce,
Uma noite se esvai,
No labirinto do impasse,
A esfinge me trai
Nos eclipses lentos,
E me atinge, tão terna,
Na lápide eterna dos ventos !
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Juliana Valis
Onde o verso se perde,
Um sonho me encontra,
Onde a luz só renasce,
Uma estrela se esvai,
No labirinto do impasse,
A esfinge me trai
E me atinge, tão sóbria,
Na lápide dos ventos...
Onde o amor grita,
Um verso me explode,
E me joga a cor mais aflita
No delírio que pode
Bem, assim, transbordar...
Quando o dia renasce,
A lua sonha com o mar,
Suplicando no impasse
Que o vento mostrar
O tempo que nos guiasse
Rumo ao sonho de sempre amar.
Céus, onde haverá resquício
Do que fomos bem antes da manhã ?
Pois quando a dor se esvai no precipício,
O amor nos pede a paixão mais sã,
Na profusão que mede o medo no interstício
Entre segredo simples e ironia vã.
Onde o verso se perde,
Um dia me encontra,
Onde a luz só renasce,
Uma noite se esvai,
No labirinto do impasse,
A esfinge me trai
Nos eclipses lentos,
E me atinge, tão terna,
Na lápide eterna dos ventos !
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