Desejo ardente por um nada
Tenho uma fome inquebrantável.
Tenho uma sede incomensurável.
Sede de qualquer coisa que me faça ver.
Fome de um não sei quê de espera e desesperança.
Sede que me conduz aos cadernos
de anotações burlescas
e que entre bocejos e gracejos
me faz ir de encontro ao que não era,
porque já adiante de mim
se fazia presente o presente dos deuses:
a caixa de pandora.
Fome que se forma de forma
a me tirar o eixo de compreensão,
que me incita a morrer e renascer,
incontáveis vidas de uma reencarnação
que me faça rir e gargalhar
do que eu pude realizar:
nada, enfim...
Tenho uma fome inenarrável.
Tenho uma sede indiscutível.
Por lamentos de prostitutas doentes,
por olhares de despedida que não foram lançados
Tenho fome, ai meu Deus,
da minha alma de andarilho trôpego.
Tenho sede
de mim mesmo.
Uma fome que me devora o coração
a esgotar todas as minhas decepções
em retalhos de jornal,
que despedaçam a minha índole.
Uma sede que me aprisiona
numa espiral de medo, confusão e dor
e que me deixa rouco de ódio.
A sede e a fome que me acometem
são a origem de todo
o meu nada.
São a morte e a vida desse viajante errante.
Tenho uma fome inquebrantável.
Tenho uma sede incomensurável.
Sede de qualquer coisa que me faça ver.
Fome de um não sei quê de espera e desesperança.
Sede que me conduz aos cadernos
de anotações burlescas
e que entre bocejos e gracejos
me faz ir de encontro ao que não era,
porque já adiante de mim
se fazia presente o presente dos deuses:
a caixa de pandora.
Fome que se forma de forma
a me tirar o eixo de compreensão,
que me incita a morrer e renascer,
incontáveis vidas de uma reencarnação
que me faça rir e gargalhar
do que eu pude realizar:
nada, enfim...
Tenho uma fome inenarrável.
Tenho uma sede indiscutível.
Por lamentos de prostitutas doentes,
por olhares de despedida que não foram lançados
Tenho fome, ai meu Deus,
da minha alma de andarilho trôpego.
Tenho sede
de mim mesmo.
Uma fome que me devora o coração
a esgotar todas as minhas decepções
em retalhos de jornal,
que despedaçam a minha índole.
Uma sede que me aprisiona
numa espiral de medo, confusão e dor
e que me deixa rouco de ódio.
A sede e a fome que me acometem
são a origem de todo
o meu nada.
São a morte e a vida desse viajante errante.