Desejo ardente por um nada

Tenho uma fome inquebrantável.

Tenho uma sede incomensurável.

Sede de qualquer coisa que me faça ver.

Fome de um não sei quê de espera e desesperança.

Sede que me conduz aos cadernos

de anotações burlescas

e que entre bocejos e gracejos

me faz ir de encontro ao que não era,

porque já adiante de mim

se fazia presente o presente dos deuses:

a caixa de pandora.

Fome que se forma de forma

a me tirar o eixo de compreensão,

que me incita a morrer e renascer,

incontáveis vidas de uma reencarnação

que me faça rir e gargalhar

do que eu pude realizar:

nada, enfim...

Tenho uma fome inenarrável.

Tenho uma sede indiscutível.

Por lamentos de prostitutas doentes,

por olhares de despedida que não foram lançados

Tenho fome, ai meu Deus,

da minha alma de andarilho trôpego.

Tenho sede

de mim mesmo.

Uma fome que me devora o coração

a esgotar todas as minhas decepções

em retalhos de jornal,

que despedaçam a minha índole.

Uma sede que me aprisiona

numa espiral de medo, confusão e dor

e que me deixa rouco de ódio.

A sede e a fome que me acometem

são a origem de todo

o meu nada.

São a morte e a vida desse viajante errante.

Tenho uma fome inquebrantável.

Tenho uma sede incomensurável.

Sede de qualquer coisa que me faça ver.

Fome de um não sei quê de espera e desesperança.

Sede que me conduz aos cadernos

de anotações burlescas

e que entre bocejos e gracejos

me faz ir de encontro ao que não era,

porque já adiante de mim

se fazia presente o presente dos deuses:

a caixa de pandora.

Fome que se forma de forma

a me tirar o eixo de compreensão,

que me incita a morrer e renascer,

incontáveis vidas de uma reencarnação

que me faça rir e gargalhar

do que eu pude realizar:

nada, enfim...

Tenho uma fome inenarrável.

Tenho uma sede indiscutível.

Por lamentos de prostitutas doentes,

por olhares de despedida que não foram lançados

Tenho fome, ai meu Deus,

da minha alma de andarilho trôpego.

Tenho sede

de mim mesmo.

Uma fome que me devora o coração

a esgotar todas as minhas decepções

em retalhos de jornal,

que despedaçam a minha índole.

Uma sede que me aprisiona

numa espiral de medo, confusão e dor

e que me deixa rouco de ódio.

A sede e a fome que me acometem

são a origem de todo

o meu nada.

São a morte e a vida desse viajante errante.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 12/01/2013
Código do texto: T4081292
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