Alma D'Eu
Eu
Que na minha essência bruta
De idéias grosseiras e mutáveis
Soprado ao vento, como ar leve e fresco
De tempos mais agradáveis
Densas nuvens escuras
De pensamentos tenebrosos
E dor
Fazem-se presentes
Em uma mente conturbada
De perguntas e respostas
Quase nunca saciada
Minha fome de idéias
Por vezes quase enlouquece
Necessito de arte
Vivo de arte
Onde está minha arte?
Morta? Como eu?
Não tenho medo do silencio
A não ser do meu silencio
Minha mente quieta, sem idéias
A morte do Eu
D'Eu
Nasça
Ó nova alma
Faça da poesia
Seu fluxo
E das letras sua carne
Seu sangue, uma pintura
Escura porem viva
Gritante
Grite, meu coração
Com o som da musica D'Eu
Faça suas notas firmes
Sentidas
Faça-se o Blues
Dance, ó nova alma
Alma criança
Alma Índigo
Beba dos fluidos da vida
Beba do vinho
Fique alta
Voe alto
E caia
Sempre caia
Sua queda será historia
D'Eu
Eu
Ó morte do Eu
Morra e renasça
Como a fênix
Queime em suas próprias chamas
Em seu próprio inferno
Sinta
Sua viva Dor
De novo
De novo
Morra e renasça
De novo e de novo
Ó Alma D'Eu