PARADOXAL: POEMA

Dos mundos que existem em todo cosmo,

Por que a Terra é nossa única morada?

Dos milhões de seres que vivem,

Por que o ser humano é tão diferente

E nos desaponta com sua crueldade

E nos encanta com sua bondade?

Por que há milhares de anos,

Não conseguimos vencer o ódio e as guerras,

Se somos capazes de amar e perdoar?

Se a vida é um mistério,

Por que ainda a morte é a nossa condição

Indelével e inevitável?

Dos artefatos que construímos para exaltar

O poder e a tecnologia, o sistema precisa

De segurança quando milhares sofrem

A insegurança e o desemprego?

De todos os livros escritos e religiões,

Todo aparato bélico, arquitetônico e memorial,

Não conseguimos a resposta para o sentido da vida?

Dos anos que possamos inda viver,

Desejosos de viver ainda,

Por que a vida é ameaça, esmagada

E humilhada no campo e nas cidades?

Entre tantas palavras, discursos e ideologias,

Por que os sistemas exigem de nós que sejamos

Tão obedientes e submissos ao poder, ao capital

E passamos grande parte da vida a trabalhar para

Uma aposentadoria miserável e de poucos meses e anos,

Enquanto alguns esbanjam e acumulam riquezas e prazer?

Se em um piscar de olhos, pode-se morrer,

Por que se arrastar, entre multidões e viver um modo de vida

Que não escolhi?

Das promessas de boa vida,

Milhares de apostadores

Todo ano, acreditam que podem

Ganhar na loteria e em jogos?

De todas as causas de mudanças,

Arrastam-se séculos na educação e saúde

Precárias, enquanto jogadores são idolatrados

Por milhares e milhões de dólares,

Enquanto não se pode pagar um professor

Um salário decente?

Somos uma “metamorfose ambulante”

Os sistemas são imperfeitos

Não há homem e mulher

Sem defeito e sujeito

a erratas e limitações.

Viver é perigo demais;

Nunca estamos prontos:

Nossa aventura finda

Com a morte, ponto final

Na história terrenal.

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"Paradoxos: Dedutivos, Indutivos e Práticos:

Se definíssemos um paradoxo como uma conclusão absurda, inaceitável ou obviamente falsa, mas à qual se chega através de um raciocínio correcto, tomando apenas verdades como ponto de partida, teríamos de concluir que não existem paradoxos. Pois nenhum raciocínio correcto pode levar de verdades a falsidades. No entanto, é precisamente isso que um paradoxo parece ser. É por isso que qualquer paradoxo nos coloca um desafio imediato: descobrir onde é que nos enganámos.

Há quem considere que toda a história da filosofia pode ser descrita como uma história dos paradoxos que alimentaram a reflexão e a especulação disciplinada a que chamamos “filosofia”. Certo é que, pelo menos muita da filosofia contemporânea (em especial na tradição analítica) se desenvolveu em torno de certos paradoxos: estimulada por eles, procurando encontrar-lhes respostas ou soluções, avaliando as consequências de cada uma das respostas já consideradas, procurando enquadrar a resposta privilegiada numa concepção geral, e bem fundamentada, da respectiva área de estudos. O filósofo contemporâneo aprendeu por isso a levar os paradoxos muito a sério. Ele sabe que a descoberta de um paradoxo pode representar um momento de crise científica, cuja superação implica por vezes uma revisão profunda de modos habituais de pensar. O grande aumento, verificado nos últimos anos, do número de publicações e, em geral, de trabalhos académicos (incluindo dissertações, seminários de pós-graduação, websites, etc.) explicitamente dedicados ao tratamento de paradoxos testemunha bem como é hoje geralmente reconhecido o papel dos paradoxos como motor do avanço do conhecimento.

Apoiados nesta convicção geral, o que aqui propomos é uma investigação colectiva sobre um conjunto de dez paradoxos fundamentais no pensamento contemporâneo: (1) o paradoxo de Cantor, (2) o paradoxo de Russell, (3) o paradoxo do mentiroso, (4) o paradoxo do monte, (5) o paradoxo dos corvos, (6) o paradoxo de Goodman, (7) o paradoxo de Moore, (8) o paradoxo de Newcomb, (9) o dilema do prisioneiro, (10) as antinomias de Kant.

Trabalhar conjuntamente estes paradoxos, ao mesmo tempo que irá produzir um aumento do conhecimento a seu respeito – o que é em si mesmo importante, dado o lugar central que eles ocupam no pensamento contemporâneo –, poderá também constituir uma ocasião privilegiada para detectar padrões comuns entre eles e para testar certas hipóteses gerais sobre a origem e o significado dos paradoxos no pensamento humano (como reflexos de uma conflitualidade inerente à própria razão ou como produtos inevitáveis de uma tendência inextirpável para ultrapassar os limites do pensamento)."

FONTE: http://www.filosofia.uevora.pt/paradoxos/projecto.htm

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A função do mito é a de inventar um mundo imaginário, simbólico e mágico cuja finalidade é contribuir para o equilíbrio psicológico e emocional do homem diante de uma natureza desconhecida, misteriosa e hostil. No mito não se questiona nada, e quem ousasse, seria considerado louco e a pessoa poderia ser punida com a própria morte. O mito, neste sentido, é uma "verdade" absoluta. No mito tudo é considerado sobrenatural e sagrado. E hoje em dia? Quais são os mitos da nossa sociedade contemporânea, que dão sentido e significado à vida das pessoas? São muitos. A diferença é que os mitos antigos davam um sentido existencial à vida das pessoas; os da nossa época, esvaziam o sentido, num beco sem saída. No primeiro, temos o preenchimento existencial essencial à vida dos primitivos, no segundo, temos um abismo profundo e infinito, pois os "deuses" morrem da noite para o dia. A mídia fabrica e descarta. O que importa é ter, mesmo que a posse seja despossuída no dia seguinte! 9...0

Além dos mitos citados, temos: o celular, o computador, o carro, o sonho de ser famoso, a ilusão de felicidade eterna no casamento, o reconhecimento profissional, a vontade de ter muito dinheiro, o desejo de ser imortal e especial aos "olhos" de (Deus)ses. Esses são os pequenos DEUSES do nosso mundo. Quantos de nós vivemos sem o celular e o computador? Mas o pior de todos os deuses: o ideal de beleza e juventude da nossa sociedade narcisista, e que faz tudo se tornar obsoleto da noite para o dia. Até mesmo em relação aos seres humanos. Tudo o que não é novo, é descartável. É por isso que o encontro autêntico, verdadeiro, está cada vez mais difícil. Afora, as paixões nos esportes: transformamos seres humanos de carne e osso em DEUSES( ÍDOLOS). Dá-se facadas, pauladas e tiros por causa de uma paixão esportiva. Mormente, o futebol.

Leia mais: UNIVERSO DA FILOSOFIA - FIAT LUX: QUAIS SÃO OS MITOS CONTEMPORÂNEOS?

http://marcoaureliofilosofia.blogspot.com/2009/10/quais-sao-os-mitos-contemporaneos.html#ixzz2GjYc7eHp

Under Creative Commons License: Attribution No Derivatives"

FONTE: http://marcoaureliofilosofia.blogspot.com.br/2009/10/quais-sao-os-mitos-contemporaneos.html#axzz2GjXuGpmx

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Transformação do pensamento do homem ao longo dos séculos

Antiguidade: a Antiguidade centrava-se em torno do “cosmos” ou da natureza em si estática e encarava o homem em conexão com ela.

Idade Média: o homem era membro da “ordem” emanada de Deus.

Idade Moderna: firma o homem sobre si mesmo, mas predominantemente como “sujeito” ou razão, de sorte que esta, como sujeito transcendental ou razão universal panteísticamente absoluta, acabou por subjugar e volatilizar o homem, convertendo-o em momento fugaz do curso evolutivo do absoluto.

Pensamento contemporâneo: o homem tomou consciência da inanidade de tais construções e verificou haver perdido tudo, incluindo a própria personalidade e que principalmente, depois de haver sacrificado a vida do conceito abstrato ilusório, se encontrava agora perante o nada.

[editar]Bibliografia

BRUGGER, Walter. Dicionário de filosofia. São Paulo: Editora Herder, 1962.

MORA, J. Ferrater. Dicionário de filosofia – tomo I (A-D) - São Paulo: Editora Ariel SA, 1994.

FERREIRA, Aurélio B. de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 1ª ed. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro.

PRIETO, Silvia T.H. A natureza e o sentido da história em Max Scheler. Tese de Doutorado. PUC. Porto Alegre. 1991

Problematização

Problemas de caráter metafísico e moral. Coloca o problema do homem no próprio homem, questiona o lugar ocupado pela função racional do homem em comparação com outras funções. Kant propôs quatro problemas filosóficos: “O que posso conhecer?” “O que devo fazer?” “A que posso aspirar?” “O que é o homem?”

FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_filos%C3%B3fica

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