Horizonte Dourado, e a Solidão
Nada além do horizonte dourado, pelo sol implacável do dia fatídico.
Restava na mente profícua de desejos, tomada por uma força brutal.
Engendrada pelo vazio amargurado da solidão.
Ensejava alcançar aquele espaço, que se apresentava ali próximo!
E nos passos leves e contínuos,
Levava-me a almejá-lo a todo o instante.
A presença fecunda de uma alma companheira.
A fim de tirar-me deste caminho sem eira nem beira.
Desta funesta existência,
Que digladiava com as emoções antagônicas,
Estabelecidas no meu peito.
Podia vislumbrar adiante o horizonte!
Desafiador?
Instigador?
Amedrontador?
Apontando a convergente seta na direção do futuro,
Do tempo a advir.
E a solidão a carcomer como um letal corrosivo.
Lentamente...
Sem aspirações futuras,
Estabelecendo-se como uma constante nesta existência.