Marcas do Tempo

Marcas do Tempo

Guida Linhares

Às vezes nem tanto,

o viver é um encanto.

Mas traz em seu tempo,

uma certa medida,

de alegria e de pranto,

quem sabe um amor,

num doce acalanto.

No relógio que marca

as horas corridas,

num ponteiro velóz,

do tempo um algóz,

sentimos a vida

esvair-se em nós,

em estações vividas.

Se as rugas do rosto

são marcas do tempo,

as chagas na alma

são feridas profundas,

que trazem o saber

fortalecendo o ser,

em evoluções fecundas.

A busca da felicidade,

constrói mil sonhos,

em qualquer idade.

Buscar a si mesmo,

conhecer-se melhor,

estimar-se bastante,

faz o ser ir avante.

Santos/SP

08/03/07

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Participação no dueto com as amigas poetisas

Rita Caldas e Tere Penhabe

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Marcas do tempo

Rita Caldas

O relógio

Fiel escudeiro do tempo

Obediente segue...

Com seus lépidos ponteiros

Trazendo o sol,

Trazendo a lua,

Virando o calendário

Dos dias e dos meses.

De ontem em ontem,

Colecionamos anos,

Deixando décadas e

Épocas...

E o relógio

Insensível, é

Neutro ao adeus...

E assim, indiferente,

O hoje, será o ontem,

Amanhã.

E a jovem no espelho

Não reconhece a anciã

Marcada pelo tempo

Que ontem,

De um passado distante,

O relógio a despertou

Para o dia dos

Seus quinze anos.

4/março/07

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Marcas do Tempo

Tere Penhabe

Em sulcos profundos

no rosto ou no mundo

estão nossas marcas

de um tempo que foi.

No sal de uma lágrima

na dor da saudade

ficam as lembranças

marcas da verdade.

Na paz de um noite

no vento que passa

nossa solidão

embaça a vidraça.

Assim vamos indo

marcados, marcando

viver é tão lindo...

às vezes nem tanto.

Santos, 05.08.2004

www.amoremversoeprosa.com

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Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 08/03/2007
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