Sal da terra
Sopro de saudade
hoje bate minha porta...
sons, luzes... cidade,
o mar que verde foste
sossobra em asfalto morta,
renascendo em vaidade,
do peito libertas, cansada,
diesel, gasolina, adrenalina,
em versos cante vida...
bardo escudeiro, avante,
repentista, lamparina,
lavrador, navegante,
caminhoneiro, sob trincões
andantes, sob o mesmo céu
de aves, utópicos, aviões,
o firmamento e o menestrel,
livres sob a mesma tela,
cibernética? audiovisual?
na forma de governos,
a fome, a seca, o mal
numa aldeia de corvos,
chão sedento, avidez,
água, matéria... e sal
numa estufa de aridez,
esperança e insensatez...
02 de dezembro de 2012