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Ah, a Luz!...




Em facho, cegante, 
Sobre as estepes
(Quem sabe, vinda das estantes)
Brilhou uma estranha luz.

Seu brilho era intenso,
Ia além do suportável,
Do aceitável,
Luz incandescente,
Enchente brilhante!

Ah, luz, tão forte,
Sem origem, sem norte,
Sem objetivo,
A não ser brilhar, brilhar,
Orgulhando-se do próprio brilho,
Que cegava, cegava...

Cegava a si mesma,
E a quem a olhava...

*

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 28/11/2012
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