Caminhos de flores amarelas

Caminhos de flores amarelas

Paisagens fugidias passam pelo pensamento da alma.

Bebo do passado para viver o presente.

Caminhos de flores amarelas...

Que no verso do poeta ganhou muitas formas,

Que ressurgidas dos túmulos efêmeros das ideias mortas,

Alcançaram o delírio,

O movimento dos corpos.

O vento parou na esquina dos dias,

Soprou para longe a tempestade das dores...

As lágrimas descem o escuro,

Mapeando no caminho da alma o teu rosto.

A luz se apagou no começo dos dias,

Criando formas,

Sombras de um tempo que não passa,

De um grito calado no silêncio da noite,

Espreitando o nada que se anuncia.

Os olhos teimam em contemplar

A grandeza de tudo o que eu não posso tocar,

O passo marcado em estrada de giz,

O perfume da flor esquecida no chão,

O orvalho no mato querendo chorar,

Tentando encontrar no minuto final,

O sentido de tudo o que não foi revelado,

Mas que ficou guardado nas páginas dos versos

Que eu nunca escrevi.

Roberto da Silva Pereira -

06/04/11

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Bebeto Pereira
Enviado por Bebeto Pereira em 23/11/2012
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