Tempestade...

Vou caminhando beirando o sol,

Brisas de uma flor em primavera...

O perfume da’lma ao exalar da vida,

No canto marcado de uma longa despedida...

Na noite escura a alma se confunde na lápide da dor,

Nos ventos turvos de um sepulcro abandonado,

O jarro de perfume que tanto sustentava, ali se derrama,

Criando vultos de um rosto em plena tempestade...

Mapas de setas coloridas que se desfazem,

No rabisco do universo em pleno luar,

O amor ressurge nos fragmentos do espaço,

Apontando o caminho, o sentido do mar...

Refaço a estrada nos passos marcado na areia,

No rastro luminoso atrás das montanhas,

Na realização dos versos que escondiam,

A lembrança de uma flor na eternidade dos dias ...

Roberto da Silva Pereira

26/10/11

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