Os cem risos do Amor – Um duo
 
Salpicando de espadas,
O coração cinge o caminho
Congrega imagens do passado
Nas contas do porvir
                Carrega este fardo, menina!!!
 
- Que pode ser leve se foi guardada
As melhores passagens vividas
Nos passos céleres percorridos
Do resultado final apurado e aferido
                 Então divida conosco o ocorrido...
 
Beirando a avalanche de mistérios
O ser se transforma em esperança
Sorrindo nestas desgraças
Que assolam a sorte no porvir
                Mostra suas garras, donzela!!!
 
- Percorro teu adorável enigma
Vestido de lutas e perseveranças
Sabendo tirar proveito dos estigmas
Sinto em poesia a tua desenvoltura criança
           No melhor e maior dos aprendizados
 
Nada por acaso acontece
No mar das ilusões derretidas,
Onde se recria o encanto das águas,
No salpicar das espadas confrontadas. 
                            
             Deixa a ginga gingar, cabloca!!!
 
- Sim! Tua biografia guerreira enaltece
O turbilhão oceânico dos teus mergulhos
Tal qual a diva que vem ao topo em prece
Que mostra sua face no verso em espelho
            Sinto o seu gingar sacrossanto
 
O ser e o nada
Se urgem de uma voz
Que transporta o trovão
Do Bem e do Nós acorrentado
 
         Solta esta canção do amanhecer, mocinha!!!
 
 - Sinto que desatas os nós dos grilhões
Juntando os teus entre vazios que cultivas
Numa explosão libertária das masmorras
Rumo à plenitude do teu eu em construção
      Vejo os primeiros raios do nascer do dia
 
Este belo par
Se enfrenta no agora
Recria o amanhecer
Numa nova história a trilhar
                 Joguem seus laços, Marias!!!
 
- É o enfrentamento secular
Da dor e do amor a bailar
Na recriação do universo
Que fulgura dentro dos teus versos
      No desenlace das adormecidas paixões
 
E no momento presente se doa,
No corpo extenuado,
Na espada do poder
Desabrocha o sêmen da paixão
 
              Joga ao além o fardo, alma feminina!!!
 
- É sabedoria que vejo estampar na sua proa
De quem tudo apreende, sabe e perdoa...
Digna de uma menina leoa em seu esplendor
Na melhor virilidade da sua doçura
            Mais leve ainda ficou a plumagem d’alma
 
E assim acontece todos os dias
Em milhares de lares,
Nos cem anos de vida
Encontra o destino dos amantes 
                Teça sua coroa, fêmea fatal!!!
 
- Rebobinas o curso de toda história
Feita de dores, suores e glorias.
Na secular solidão que flutua
A espera de inaugurar nova era
      Chegarás ao porvir que tanto espera
 
Transpassa o nó
E salta para a eternidade
Chega no porvir
Maculando as mágoas do viver
   
               Coloca seu sonho de nova a cantar!!!
 
 - Nesse despertar desse entardecer
Há a certeza que a madrugada geradora...
Alimentará novos elos dos teus fragmentos
Cessando os intrusos lamentos que chora
            Para cada novo dia o brilho da aurora
 
Transfere este hino
Ao ser que lhe empresta
O calor do coração
Tirando da amargura os cem risos do amor
      Recria o amor, nesta nova canção, ó Marias!!!
 
- Findo os desencontros e desatinos da mente
Sinto somente a flor brotar no jardim
Na pureza desta tua forte emoção
Perfumando os laços propulsores da alegria
Que jorras do leito fecundo da sua alma
     
                      Na bela e poderosa arte da tua poesia.
 
Duo: Lia Helena Giannnechini e Hildebrando Menezes

Navegando Amor e Lia Helena Giannnechini
Enviado por Navegando Amor em 18/11/2012
Reeditado em 18/11/2012
Código do texto: T3992103
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