Fim do Mundo
Afinal, quando é que o mundo vai acabar?
Perante as barbáries que os olhos veem,
As palavras se despem da semântica figurativa
E encaram o teor de uma realidade que não se esconde:
Faz tempo que o mundo indubitavelmente acabou
E o homem vive congelado diante de mazelas e terror...
A nova terra se instala fecundada por miasmas
Que, com volúpia, produzem a lavagem cerebral das consciências,
Manipulam todos os dispositivos que são a essência
No controle absoluto de cada ponto das estradas...
É muito fácil compreender esta insofismável verdade...
O pecúlio do pecado transformou os valores do bem,
Já não há amor, perdão, respeito, solidariedade... nada mais disso tem...
A sociedade sobrevive na aridez de uma intensa caatinga
Em que a água do olhar é a única fonte que ainda respinga!