Nada

Ando meio fora do tempo.
Sei que meu tempo urge, finda.
Ando meio sei lá o que.
Meio sem saber o que fazer.
Ando amando sem saber como.
Pois o amor é um louco atordoado.
Ando meio besta.
Um idiota sem rumo, sem assunto.
Ando sem destino, em ruas vazias.
Ando por um beco sem saída.
Estradas escuras trilhas obscuras.
Parei numa encruzilhada vazia.
Ando meio sem lugar sem lar.
Ando buscando não sei o que.
Esperando o mundo acabar.
Com vontade de não ser mais nada.
De não ter nada não querer nada.
Não importa se a estrada acaba no nada.
Tudo sempre acaba em nada.



Paulo Siqueira Souza
Enviado por Paulo Siqueira Souza em 06/11/2012
Reeditado em 06/11/2012
Código do texto: T3972064
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