ALMA

ALMA

Na maternidade nascem mortes

Vidas sem sortes

Naquele choro do início

Hospeda-se o precipício

Uma vida sem qualquer graça

A morte a todo momento grassa

Afasta a existência plena

O mundo é uma arena

Entre choques e dilemas

Tentar entender os problemas

É pura insanidade

Jamais saber-se-á a verdade

A roda gira sem parar

E quando para está na partida

Não há sobrevida

Apenas retorno ao mesmo lugar

É a terra que chama

Pelo corpo clama

Para servir de comida

Ao chão dar a vida

Lá se vai a alma

A cata de outro nascituro

Encontrar o futuro

Procurando a almejada calma

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/11/2012
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