ALMA
ALMA
Na maternidade nascem mortes
Vidas sem sortes
Naquele choro do início
Hospeda-se o precipício
Uma vida sem qualquer graça
A morte a todo momento grassa
Afasta a existência plena
O mundo é uma arena
Entre choques e dilemas
Tentar entender os problemas
É pura insanidade
Jamais saber-se-á a verdade
A roda gira sem parar
E quando para está na partida
Não há sobrevida
Apenas retorno ao mesmo lugar
É a terra que chama
Pelo corpo clama
Para servir de comida
Ao chão dar a vida
Lá se vai a alma
A cata de outro nascituro
Encontrar o futuro
Procurando a almejada calma